domingo, 31 de agosto de 2008

Trilho da Águia do Sarilhão (4º dia - Serra do Gerês)

Neste dia acordámos cedinho para o nosso penúltimo dia na Serra do Gerês e fizemos o trilho da Águia do Sarilhão como tínhamos planeado. Apanhámos o trilho a cerca de 0,5 kms da entrada do parque de campismo, estando bem visível a marca. O trilho começou com umas subidas um pouco para o puxado, mas nada comparado com o que aí viria.














Tivémos que descer por um caminho que tinha uma inclinação acentuada, a que se juntavam plantas rasteiras e folhas secas (o que era convidativo a levar o rabo ao chão se não se fosse com cuidado).



















Passada esta descida, fomos ter a um caminho de terra batida. Deveríamos ter abandonado este caminho onde dizia Geira, para apanharmos o caminho romano, mas não havia nenhuma marca visível, então continuámos em frente. Fomos ter à estrada de alcatrão, mas rapidamente nos apercebemos que estavamos mal através do mapa do trilho que levavamos. O caminho pela Geira é muito agradável, pois é cheio de vegetação e temos a barragem sempre a acompanhar-nos.



















Parámos para almoçar à beira da água da barragem e com vista para antiga aldeia submersa. Seguindo o caminho, com subidas e descidas, passamos a uma Vila muito bonita e bem arranjada.















Tivemos depois de passar por um caminho que era estreito e com muitas roseiras pelo caminho. Este caminho ia dar a uma ponte romana, onde já se podia avistar o museu etnográfico de Vilarinho das Furnas.














A entrada no museu é de 1€ para estudantes e 2€ para adultos. Como somos estudantes pagámos 1€.
Vale a pena visitar este museu, pois relata-nos como era a vida na antiga aldeia e fala-nos sobre o Gerês, tanto ao nivel da formação da serra, como dos animais existentes, entre outras. Muito interessante observar como era a vida comunitária de uma aldeia alheada no tempo e no espaço.
















Ao sairmos do museu, começou a chuviscar, mas rapidamente o tempo melhorou. Do museu ao parque, foram cerca de 20 minutos.


sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vilarinho das Furnas (3º dia - Serra do Gerês)

Neste dia acordámos e arrumámos as coisas para saírmos do parque de campismo do Vidoeiro e ir para o da Cerdeira (situado no Campo do Gerês). Saímos do parque por volta das 10h30. Seguimos a estrada da Vila do Gerês, passámos uma das pontes da Caniçada, e seguimos para S. Bento da Porta Aberta. Durante este caminho apreciámos mais umas paisagens belíssimas que não deixam ninguém indiferente.


Chegando a S. Bento, visitámos a igreja e o novo santuário.

O novo santuário é todo em madeira no interior e com muita luz natural, todo moderno. Muito bonito mesmo.

Pudemos também ver mais uma vista deslumbrante da barragem da Caniçada.
Aproveitámos aqui para fazer umas comprinhas, para oferecermos aos nosso familiares.
Seguindo o caminho, chegámos ao parque da Cerdeira. Andámos a ver locais para montarmos a tenda, e acabámos por ficar nos sucalcos, pois era o local onde havia mais sossego (apesar de ter a piscina lá perto.) Este parque já é mais completo, tendo piscinas, possibilidade de andar a cavalo, café, mini-mercado e todo um conjunto de infra-estruturas que o tornam num parque com excelentes condições. Por outro lado perde aquele toque selvagem que se tinha no parque do Vidoeiro.
Quando a tenda estava montada, fomos visitar a barragem de Vilarinho das Furnas (com a sua aldeia submersa) e Brufe (aldeia típica que fica a grande altitude).
Ao chegar a Vilarinho da Furnas deparámo-nos com uma espécia de portagem à entrada do caminho que dava acesso à aldeia. Parece que o espaço pertence ao povo da antiga aldeia e por isso, normalmente ao fim-de-semana, pedem uma quantia para se a poder visitar.
Tivemos de pagar 50 cêntimos por cada um, porque fomos a pé, porque de carro eram 3€ e para nós não compensava. Ao longo do caminho encontra-se uma bela queda de água artificial.
Podemos dizer que não vimos nada de Vilarinho, pois a água da barragem estava alta. Contudo, apesar de não vermos a aldeia de Vilarinho das Furnas, pudemos passear ao longo da barragem, o que é muito agradável e bonito.


Em seguida visitámos a aldeia de Brufe. Uma aldeia típica perdida nos confins do espaço e do tempo. O caminho não é muito aconselhável a quem tenha medo das alturas, mas compensa pela vista do miradouro, que é fantástica.

A aldeia é pequena e é maioritariamente feita em pedra. Encontrámos alguns espigueiros, que são construções com aberturas laterais com a função de secar o milho durante o inverno, e elevadas de forma a protegê-lo de roedores e enxurradas.
Aproveitámos para dar um passeio pelas ruas, que são estreitas e cheias de história.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A Vila do Gerês (2º dia - Serra do Gerês)

No dia anterior à hora de jantar tinham começado a caír umas pingas de chuva, mas nada que nos fizesse prever um grande temporal.
Durante a noite concluímos que nos tínhamos enganado e a chuva foi mais que muita. Felizmente a tenda suportou bem o temporal e conseguimos permanecer secos.
Quando acordámos reparámos que praticamente toda a gente se tinha ido embora ao início da manhã, sobrando nós e mais duas tendas.
O dia mantinha-se com chuvadas fortes, e decidimos conhecer melhor a Vila do Gerês. Tinha deixado o impermeável em casa (a cerca de 450 km) pelo que voltar atrás para o vir buscar não era uma boa opção e estava com medo de em pleno Julho não conseguir encontrar nenhum à venda, mas enganei-me e comprei logo um no centro de educação ambiental do Vidoeiro (mesmo ao lado do parque) por 2,80€.
Descemos então para a Vila do Gerês e deixei logo o carro no primeiro parque de estacionamento que encontrei e seguimos a pé.
A vila dispõe de muitas infra-estruturas e é possível encontrar lá de tudo a preços normais.
A vista continua a ser sempre espectacular e com núvens dava uma atmosfera que não esperávamos mesmo encontrar em pleno Julho.

Pelo centro da cidade corre o Rio Gerês (o mesmo que passa pelo parque do Vidoeiro), que tem algumas pequenas quedas de água que dão aquele som que dá vontade de ouvir sempre. As inúmeras pontes naquela zona fazem com que dê vontade de passar ali algum tempo simplesmente a observar o rio.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Trilho dos Currais e Cascata do Arado (1º dia - Serra do Gerês)

Acordámos por volta das 8h30 para o nosso 1º dia de descoberta do Gerês.
Estava planeado irmos ver a Cascata do Arado e o miradouro da Pedra Bela.
Para visitarmos estes locais, seguimos o trilho do Currais, que tem tanto de bonito, como de puxado (subidas inclinadas).
Apanhámos o trilho junto ao centro de educação ambiental do Vidoeiro (estava sinalizado com uma seta bastante visível), que fica cerca de 1 km acima da Vila do Gerês (virar na direcção do parque de campismo).
Ao longo do caminho fomos sempre presenteados com belas paisagens, tendo alternado entre longas subidas e planaltos verdejantes.




Tivemos oportunidade de encontrar os tão famosos cavalos selvagens (Garranos).

A Pedra Bela (829 metros de altura) tem uma vista deslumbrante sobre a Vila do Gerês, a Caniçada e sobre as belas montanhas.


Seguimos então pela estrada de alcatrão até à Cascata do Arado. A cascata é alta e estreita, mas muito bonita, formando duas lagoas naturais.

Existe uma ponte romana por cima da água proveniente da cascata, por onde descemos e aproveitámos para descansar um pouco com os pés dentro de água.
Para voltarmos para o parque resolvemos seguir a estrada de alcatrão em vez do trilho, pois já estava a ficar tarde. O caminho é longo e o cansaço acumulado ao longo do dia não ajudou em nada. Felizmente era a descer e ainda se encontraram alguns parques de merendas e fontes que foram muito úteis para uns minutos de repouso.

A chegada ao parque ainda demorou mais uns 10 minutos e o descanço soube mesmo muito bem.

A caminho do Gerês...

Foi numa manhã fresca que acordámos quando pouco passava das 6:00. Depois das despedidas e preparações de última hora lá nos metemos no carro, que tinha sido carregado no dia anterior já com a comida e outras coisas necessárias (mais tarde iremos abordar o que não se poderá esquecer para uns dias de acampamento). Acabámos por saír do Barreiro quando já passava das 7:30, o que nos estava a preocupar caso o dia se tornasse quente.
Decidimos seguir o caminho mais económico recomendado pelo site da Via Michelin que acabou por se revelar errado ao dizer que a Auto-estrada A17 era grátis, o que não se revelou, e ao entrarmos na Figueira da Foz e saindo em Aveiro, acabámos por ter de pagar mais de 6€ quando poderíamos perfeitamente ter seguido pela N109. Mas pronto, tambem não foi nada por aí além...
A partir de Aveiro a A25 é realmente grátis e o mesmo acontece com a A29. Boas estradas que nos fazem evoluir no mapa de forma bastante rápida.
Chegando ao Porto a confusão era total, principalmente para quem não conhece absolutamente nada das estradas por ali e a única indicação que levava era a da Via Michelin e do Mapa que já leva uns bons Km.
Lá acabámos por conseguir atravessar o Douro, mesmo sem saber por que ponte terá sido. A partir daí perdemo-nos completamente das indicações do Via Michelin e guiámo-nos apenas pelo mapa. Tomámos a direcção de St Tirso, depois Caldas de Vizela e Guimarães.
Apos alguns km em estradas secundárias lá chegámos à Vila do Gerês.
Ao entrar no Parque Natural ficámos logo estupefactos pelas belíssimas paisagens que deixavam antever uns óptimos dias naquela zona.

Chegando ao parque de campismo do Vidoeiro (muito perto da Vila do Gerês) foi altura de montar a tenda e descansar um pouco. O parque situa-se numa zona belissima, com um rio a correr dentro do parque, o que faz com que se oiça água a correr todo o dia. O parque tem boas condições, embora não possua nenhuma loja ou mercearia. Torna tudo muito mais selvagem (se é que isso é possível num parque de campismo).

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O início de tudo

Criamos este blog com o intuito de não só partilhar as experiências vividas nas nossas viagens, mas também aconselhar e ajudar quem se disponha a ir aos mesmos locais que nós.
Muitos quilómetros já foram percorridos e muitos estarão por percorrer. De carro, de mota, de bicicleta ou a pé, estamos sempre prontos a conhecer qualquer coisa. Iremos falar de percursos pedestres e de pontos de interesse dos locais por onde passámos.
A nossa principal forma de pernoitar é a tenda, mas tambem não nos recusamos a ficar em casas de amigos, familiares ou conhecidos.
Aceitamos sugestões de locais para ir.
Esperamos que os assuntos abordados sejam do vosso agrado.